A Lua

Capelinha da serra do Boqueirão de Parelhas



... A Lua na mitologia e em muitas religiões representa a força feminina que reflete a força masculina do sol. Na mitologia romana ela é Diana; na Grega, Afrodite; na Egípcia ela é Isis (filha do céu e da Terra). Na Babilônia, a deusa Lua é responsável pela ordem cósmica. O sol e a Lua nasceram juntos do corpo da deusa mãe Tiamat. Ainda na babilônia, é a fragilidade da Lua que é preciso cuidar. Pois a Lua, que cresce, mingua, desaparece por três dias para reaparecer, um magro e frágil crescente semelhante a um corno, oferece-nos um tempo concreto, um tempo vivo, um tempo que aprendemos de uma vez, intuitivamente. A Lua é, pois, senhora do tempo, do vir a ser e do destino...
Cidade de Parelhas
...Entre os povos primitivos brasileiros, a Lua recebe o nome de Jaci (mãe dos vegetais). A Lua, entre os nossos índios, era o lugar destinado à morada e descanso eterno das almas dos seus finados, e eclipse desse astro, um sinal de indignação das mesmas almas causado por algum crime cometido por eles. A Lua recebia nomes diferentes conforme a sua fase: A Lua nova é Catiti e a cheia Cairé. Parecendo que os índios consideravam cada fase da Lua como um astro distinto...
Açude Gargalheiras em Acari


...No livro dos Vedas a Lua é considerada a avó do fogo antes de sua masculinização como Soma. A véspera da Lua Cheia é denominada Anumati, ou seja, A Propícia. Quando cheia, toma o nome de Raka, palavra que significa Esplêndida...

Açude Gargalheiras em Acari

Na legenda japonesa a Lua surgiu do olho direito de Izanagi, marido de Izanami “os que convidam”, deuses primevos. Esse casal deu origem aos deuses do mar, dos ventos, das arvores, das montanhas e do fogo. Diz-se que o fogo provocou a morte de Izanami, que desceu ao país profundo. Izanami procurou destruir o fogo, mas cada pedaço se transformava em um novo fogo. Resolveu, então, descer ao país profundo em busca da esposa, mas ela não mais poderia regressar ao mundo superior, pois havia provado alimentos do mundo subterrâneo.
(João da Mata Costa)

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